terça-feira, 18 de novembro de 2008

Sérgio Leone, 1984




12 comentários:

M. Le Fay disse...

Devo que confessar que,apesar de Robert de Niro não ser um dos meus actores de eleição, o filme me agradou bastante.
Achei a história interessante,principalmente devido à "miscelânea temporal" que criava uma certa expectativa, aos planos e, sobretudo, a música sublime, "bellissima".

Anônimo disse...

Não sei se se recordam, mas há uma brevíssima sequancia de imagens que me pareceu um daqueles detalhes que só os génios conseguem alcançar: nos primeiros minutos, quando o gang de crianças se prepara para cumprir uma "missão", num magnífico plano filmado no espelho, um dos meninos olha-se ao espelho, e fica para trás. Quando se volta, para seguir os colegas, dá de caras com outro espelho. E assusta-se com a aparição súbita do seu próprio reflexo insuspeitado. Pouco antes de lançar fogo a um quiosque, com dono no interior. O menino tem medo do espelho.

Anônimo disse...

O mesmo menino que depois irá a ensaiar passos de dança na frente dos seus colegas, sob a ponte, e que é o primeiro a ver o gang rival. E que, ao morrer, diz «-Escorreguei.» ...

Anônimo disse...

Por acaso reparei. A morte do miúdo foi a cena que mais gostei, não digo que gostei que ele tivesse morrido, mas sim que foi a que mais me tocou, pelo modo inocente como foi, quase um pedido de desculpa

Anônimo disse...

Confesso que estava lá em cima na cabine de projecção com um nó de gravata bem apertado, nessa parte...

...A ponto de pensar «Eh pá, Leone, era desnecessário este golpe baixo para ferir o coração da sensibilidade...».

Anônimo disse...

Realmente.
Qualquer coisa me dizia cá dentro
" Pois é, pois é. O miúdo vai morrer, e não tarda."

Anônimo disse...

Viva.
Pegando no comentário do PedroA. (para manter uma, ainda breve, tradição). O filme é, realmente, uma obra de constrastes e de pequenos pormenores. Esse menino, ao olhar o espelho depois do susto, fá-lo com um olhar duro típico daqueles que de nada têm medo.
A intensidade de determinadas cenas opostas à beleza pura e inocente de outras espelha bem uma visão quase dicotómica do autor sobre a América.
Leone retrata na forma de personagens a sua América, a do sonho, da paixão, das crianças e de Noodles; e a América que o desiludiu apresentada no "presente" do filme (ou sonho...) personificada em Max que desaparece com um camião do lixo. Uma América que nas palavras de Deborah, que dirigindo-se a Noodles com uma juventude contrastante enquanto retira a sua máscara, são apenas boas recordações que serão manchadas.
No fim do filme temos como que um suspiro do realizador perante a sua história. Temos o sorriso de Noodles (nos anos 30), o seu único sorriso.

Tiago

Anônimo disse...

Devo dizer que as palmas que foram dadas no final desta obra foram bem merecidas a Leone.O filme impressionou-me bastante,não só pela história em sim, mas também pelos cenários,o modo de narrar,as analepses temporais ao longo da narrativa,e a brilhante perfomance de todos os actores.Um louvavel aplauso para os actores mais jovens,as crianças,que tão bem desempenharam o seu papel.

Anônimo disse...

Um filme de qualidade mas extremamente longo. Mesmo assim, não me pareceu que respeitasse o espírito da 1ª temporada do Cineclube. A tradição já não é o que era!

Anônimo disse...

Serviria o portinho de honra para desculpar o "never ending story"???

Anônimo disse...

Absolutamente, caro Anónimo!

E não valeu? ;-)

Pedro A.

Anônimo disse...

Olá! Chamo-me Flávio. Não estive na sessão mas como aluno da faculdade faço questão de responder a esse "anónimo": o filme é longo, sem duvida, mas de grande qualidade. Preferias o quê? Um filme da treta, mas de 60 min? Para isso fica em casa a ver os programas da TVI - não venhas ao cineclube da flup! E é claro que a tradição já não é o que era...chama-se a isso evolução!